“Quem ri das cicatrizes nunca foi ferido”
Shakespeare, Romeu e Julieta
Falar da sexualidade é falar de um dos aspectos mais conflituosos da condição humana.
A sexualidade representa um dos fatores básicos na expressão de nossa personalidade, afinal é através da sexualidade que procriamos.
Se levarmos em conta o aspecto biológico, diríamos que o sexo é cromossômico (sexo genético), identificado pelos pares xx e xy, com suas glândulas (ovários e testículos) e representados pelos órgãos sexuais masculinos (pênis, bolsa escrotal e próstata) e femininos (vulva, clitóris, vagina e útero).
Pensando assim, do ponto de vista biológico, temos uma identidade genital, que é a consciência do nosso sexo biológico.
E olhando a questão da identidade sexual sob a perspectiva psicológica, temos a identidade de gênero, ou seja, gênero feminino e gênero masculino e esta consciência de pertença provém tanto do comportamento de nossos pais, família e sociedade, como da percepção que temos do nosso corpo.
Todos já ouvimos o termo “orientação sexual” que é usado para dizer se alguém vai se relacionar sexualmente com o sexo oposto, (heterossexual) com alguém do mesmo sexo (homossexual) ou com ambos os sexos (bissexual).
Para J. L. Moreno, “o papel é a forma de funcionamento que o indivíduo assume num momento específico, ou quando reage a uma situação específica”. Esse conceito pressupõe uma inter-relação frente às diferentes experiências vivenciadas em circunstâncias distintas da vida.
Temos uma maneira de ser: “feminina ou masculina”, de sentir e de agir, caso contrário teremos um conflito entre o que somos e o papel que desempenhamos ao longo da existência.
E é exatamente, no final da adolescência que enfrentamos um conflito psicossocial que Erick H. Erikson (The Problem of Ego Identity), chamou de intimidade versus isolamento.
Intimidade é a capacidade pessoal de participar de relações íntimas desde vínculos de amizades, relações sexuais, amor e intimidade consigo mesmo e com os próprios recursos internos.
O médico húngaro, Karoly Benkert (em 1869), foi quem criou o termo “homossexual”, que vem da raiz grega homo, que significa “semelhante” e se aplica a homens e mulheres com preferências sexuais por pessoas do mesmo sexo.
Sobre as teorias da origem do homossexualismo temos o fator biológico do pesquisador americano, Simon LeVay que publicou em 1991, um importante artigo na revista Science.
Simon LeVay, argumentou sobre observações realizadas no núcleo intersticial do hipotálamo anterior, uma estrutura no centro do cérebro, que é responsável pela elaboração das emoções e dos sentimentos eróticos, e que segundo este pesquisador é menor nos homossexuais e mais desenvolvidas nos heterossexuais.
Outro aspecto seria o fator psicológico, o narcisismo (alusão à mitologia grega), quando Narciso vendo sua imagem refletida na água apaixonou-se por si próprio e morre desta paixão, sendo transformado na flor que hoje tem o seu nome: Narciso.
Freud, o pai da psicanálise, acreditava que uma constante ansiedade de castração nos homens poderia levá-los a um comportamento abertamente homossexual e que a fixação á figura materna, proveniente de uma solução inadequada do Complexo de Édipo, devido a uma mãe dominadora e um pai ausente, possibilitaria esta homossexualidade.
Ouvimos com desagrado, constantemente termos pejorativos como: veado, fresco, bicha, boiola, gay e outros adjetivos para qualificar o homossexual masculino o que denota o perigo dos estereótipos que na verdade são baseados em aparências (mãos, vestimentas, voz afeminada, trejeitos e outros maneirismos).
Algumas pesquisas enfatizam que muitos homens homossexuais tiveram contato sexual com outro garoto quando eram adolescentes ou foram abusados por outro adulto do mesmo sexo o que os levou a prática da homossexualidade.
Seria uma prática aprendida?
Na verdade não existe um padrão que os enquadre na mesma perspectiva.
O que podemos destacar é que existe uma diferença entre descobrir o homossexualismo e aceitá-lo. Alguns homossexuais masculinos e femininos aceitam esta condição, outros sentem conflitos enormes (internos e externos), conflitos emocionais e sociais. Outros se isolam, deprimem e alguns chegam ao suicídio.
Muitos homossexuais escondem sua condição devido à reprovação social, familiar, repercussões econômicas entre outros.
Ouvimos com frequência o termo: “Ele saiu do armário”, referência à condição de assumir a homossexualidade, o que torna esta questão complexa e delicada, pois pode causar dor, sofrimento e rejeição.
A singularidade é premissa essencial na compreensão da história de vida de cada indivíduo, aliado a seus aspectos mais profundos e inconscientes, até porque uma das grandes tarefas de nossa existência é descobrirmos quem realmente somos e isto acontece através do processo de “individuação”.
A verdade é que o ser humano necessita de afeto, respeito e solidariedade, apesar dos estreitos limites de nossa compreensão. Sempre!
Intolerância e preconceito são danosos, mas banalizar a sexualidade das pessoas como se tudo fosse uma questão de aceitação é um grande mito.
Shakespeare, Romeu e Julieta
Falar da sexualidade é falar de um dos aspectos mais conflituosos da condição humana.
A sexualidade representa um dos fatores básicos na expressão de nossa personalidade, afinal é através da sexualidade que procriamos.
Se levarmos em conta o aspecto biológico, diríamos que o sexo é cromossômico (sexo genético), identificado pelos pares xx e xy, com suas glândulas (ovários e testículos) e representados pelos órgãos sexuais masculinos (pênis, bolsa escrotal e próstata) e femininos (vulva, clitóris, vagina e útero).
Pensando assim, do ponto de vista biológico, temos uma identidade genital, que é a consciência do nosso sexo biológico.
E olhando a questão da identidade sexual sob a perspectiva psicológica, temos a identidade de gênero, ou seja, gênero feminino e gênero masculino e esta consciência de pertença provém tanto do comportamento de nossos pais, família e sociedade, como da percepção que temos do nosso corpo.
Todos já ouvimos o termo “orientação sexual” que é usado para dizer se alguém vai se relacionar sexualmente com o sexo oposto, (heterossexual) com alguém do mesmo sexo (homossexual) ou com ambos os sexos (bissexual).
Para J. L. Moreno, “o papel é a forma de funcionamento que o indivíduo assume num momento específico, ou quando reage a uma situação específica”. Esse conceito pressupõe uma inter-relação frente às diferentes experiências vivenciadas em circunstâncias distintas da vida.
Temos uma maneira de ser: “feminina ou masculina”, de sentir e de agir, caso contrário teremos um conflito entre o que somos e o papel que desempenhamos ao longo da existência.
E é exatamente, no final da adolescência que enfrentamos um conflito psicossocial que Erick H. Erikson (The Problem of Ego Identity), chamou de intimidade versus isolamento.
Intimidade é a capacidade pessoal de participar de relações íntimas desde vínculos de amizades, relações sexuais, amor e intimidade consigo mesmo e com os próprios recursos internos.
O médico húngaro, Karoly Benkert (em 1869), foi quem criou o termo “homossexual”, que vem da raiz grega homo, que significa “semelhante” e se aplica a homens e mulheres com preferências sexuais por pessoas do mesmo sexo.
Sobre as teorias da origem do homossexualismo temos o fator biológico do pesquisador americano, Simon LeVay que publicou em 1991, um importante artigo na revista Science.
Simon LeVay, argumentou sobre observações realizadas no núcleo intersticial do hipotálamo anterior, uma estrutura no centro do cérebro, que é responsável pela elaboração das emoções e dos sentimentos eróticos, e que segundo este pesquisador é menor nos homossexuais e mais desenvolvidas nos heterossexuais.
Outro aspecto seria o fator psicológico, o narcisismo (alusão à mitologia grega), quando Narciso vendo sua imagem refletida na água apaixonou-se por si próprio e morre desta paixão, sendo transformado na flor que hoje tem o seu nome: Narciso.
Freud, o pai da psicanálise, acreditava que uma constante ansiedade de castração nos homens poderia levá-los a um comportamento abertamente homossexual e que a fixação á figura materna, proveniente de uma solução inadequada do Complexo de Édipo, devido a uma mãe dominadora e um pai ausente, possibilitaria esta homossexualidade.
Ouvimos com desagrado, constantemente termos pejorativos como: veado, fresco, bicha, boiola, gay e outros adjetivos para qualificar o homossexual masculino o que denota o perigo dos estereótipos que na verdade são baseados em aparências (mãos, vestimentas, voz afeminada, trejeitos e outros maneirismos).
Algumas pesquisas enfatizam que muitos homens homossexuais tiveram contato sexual com outro garoto quando eram adolescentes ou foram abusados por outro adulto do mesmo sexo o que os levou a prática da homossexualidade.
Seria uma prática aprendida?
Na verdade não existe um padrão que os enquadre na mesma perspectiva.
O que podemos destacar é que existe uma diferença entre descobrir o homossexualismo e aceitá-lo. Alguns homossexuais masculinos e femininos aceitam esta condição, outros sentem conflitos enormes (internos e externos), conflitos emocionais e sociais. Outros se isolam, deprimem e alguns chegam ao suicídio.
Muitos homossexuais escondem sua condição devido à reprovação social, familiar, repercussões econômicas entre outros.
Ouvimos com frequência o termo: “Ele saiu do armário”, referência à condição de assumir a homossexualidade, o que torna esta questão complexa e delicada, pois pode causar dor, sofrimento e rejeição.
A singularidade é premissa essencial na compreensão da história de vida de cada indivíduo, aliado a seus aspectos mais profundos e inconscientes, até porque uma das grandes tarefas de nossa existência é descobrirmos quem realmente somos e isto acontece através do processo de “individuação”.
A verdade é que o ser humano necessita de afeto, respeito e solidariedade, apesar dos estreitos limites de nossa compreensão. Sempre!
Intolerância e preconceito são danosos, mas banalizar a sexualidade das pessoas como se tudo fosse uma questão de aceitação é um grande mito.