“Enquanto houver vida, tudo pode ser mudado, mas a morte é imutável”.
Sentir compaixão... Com (paixão), este pesar que nos é despertado pela dor do outro.
Você já sentiu compaixão por alguém?
Compaixão (misericórdia), ter um coração que se compadece (miserum cor), frente à miséria do outro?
Ah! Mente humana... talvez o ponto mais vulnerável de nossa humanidade, é onde acontece, ocorre os maiores enganos, fantasias, desejos e morte...
É exatamente em nossa mente que guardamos, arquivamos e acalentamos preconceitos, teorias, mitos e outras tranqueiras inúteis... uma mente não renovada!
Certamente, o nosso fabuloso cérebro nos trará prejuízos incalculáveis, se não dermos uma turbinada na renovação da nossa mente.
A mente humana é capaz de distorcer pontos de vista, ações e atitudes de tal forma que mal reconhecemos como sendo nossos.
A mente também pode limitar, bloquear e nos desequilibrar, tornando-nos obstinados, sem visão, acorrentados, por isso é necessário urgência em sua renovação.
Como são as suas experiências mentais? Pensamentos maus? Confusos? Impuros? Memória enfraquecida? Pouca concentração? Ideias incontroláveis? Obcecado por preconceitos? Porque tudo isso? Não sabe?
Falta de controle sobre si mesmo. Temos capacidade para verificar se esses ou aqueles pensamentos nos pertencem ou não.
Lembre-se sempre: Sua mente pode ser um campo minado, então...? conclua, você mesmo!
A não ser que exista uma causa natural, por exemplo, alguma doença, do contrário, está ocorrendo um engano, seja esperto, descubra rápido.
Exercite sua mente, não a deixe vazia, pense, raciocine, questione, reconheça.
Intuição? Muito, muito bom, essa você deve levar em conta, é espiritual, sabia?
Quando tiver uma intuição, fique alerta, pois muitas vezes é o oposto do que a sua mente racional ou emocional acata.
Não discuta com a sua intuição, teste-a pela sua consciência e aí decida calmamente. O termômetro é a paz interior.
Batalhas começam na mente!
Você sabe como os esquimós caçam e matam lobos selvagens?
Isto vai te acrescentar uma imagem bem realística e te dar uma ideia clara de como nossa mente ou nossos instintos nos enganam.
O esquimó esfrega sangue animal fresco em sua faca afiadíssima e deixa secar, posteriormente acrescenta outra camada de sangue, e vai deixando secar, e assim sucessivamente, ele vai acrescentando camadas de sangue na lâmina de sua faca, até conseguir uma camada bem espessa de sangue congelado.
Sendo assim, o caçador enfia o cabo da faca na neve com a lâmina virada para cima.
Nossa mente funciona como o olfato do lobo selvagem, altamente sensível, um faro agudíssimo, e quando capta, sente o cheiro fresco da isca de sangue congelado, o lobo começa a lamber...
Leitor, imagine em sua mente emocional e racional, uma bela noite no Ártico, um animal selvagem, tanto quanto a mente humana pode ser, muitas vezes insondável, lambendo... lambendo... lambendo agora vigorosamente, cada vez mais rápido... esta velocidade o leva à lâmina afiada...
Era uma vez.... uma noite gélida no Ártico... a ânsia do lobo (mente humana), pelo sangue é tão intensa que ele não sente a lâmina cortante em sua língua, e nem reconhece o instante em que a sua sede insaciável por sangue, está sendo satisfeito com o seu próprio sangue quente.
Logicamente, o apetite carnívoro do lobo selvagem acaba por matá-lo. E quando amanhece no Ártico, ele está morto na neve coberta de sangue.
Assim, somos nós, morremos pelo mesmo padrão do lobo no Ártico, desqualificados pela nossa mente, somos consumidos pelos nossos desejos.
Esse limite entre a psique e o soma é tênue e é uma batalha desafiadora, o que implica a busca humilde e despojada da nossa humanidade pelo espiritual.
Condutas humanas geralmente têm raízes emocionais, mas nossa essência é espiritual e transcende o naturalmente humano e visível.
O próprio aparelho psíquico se assenta sobre pilares conscientes e inconscientes, formadas por sentimentos e sensações ilimitadas, mas a espiritualidade ultrapassa os estreitos limites de nossa humanidade.
Olhares distintos entre mente e espiritualidade promovem encontros: mente e espiritualidade.
Raízes emocionais e espiritualidade?
Pois é, seria como cruzar um elefante com uma girafa? Girafante? Estranho, não?
Isso é um grande desafio, mas é certo que a psiquê humana pode e deve ser renovada na busca e encontro do espiritual, e a partir dessa perspectiva, aliamos ao nosso ponto de vista, um olhar externo ao interior do homem.
Cada ser humano carrega dentro de si, uma montanha de vivências, experiências, sonhos e esperanças, é um todo vivo e articulado, que necessita ser justificado.
Olhando hoje, a medicina e suas tecnologias de ponta, as técnicas da psicologia, as refinadas imagens de mapeamento cerebral e do genoma humano, nenhuma pôde ainda ler os pensamentos dos homens e o que dizer dos conteúdos inconscientes?
É... investigar experiências subjetivas das pessoas é bem difícil, não é tarefa fácil.
As neurociências estão caminhando... pesquisando, mas somente você poderá identificar quais são as suas possibilidades em seu projeto existencial.
No nosso cérebro existe uma estrutura denominada de amígdala, uma substância cinzenta que fica na porção anterior do lobo temporal e que mantém amplas conexões com o hipotálamo (controla a maioria das funções vegetativas, endócrinas, comportamentais e emocionais do corpo) e o restante do sistema límbico (responsável pelas emoções: prazer, raiva, sexualidade, medo...), a amígdala é considerada a janela do sistema límbico, onde se vê o indivíduo no mundo.
Dessa forma as raízes emocionais permeiam ações, intenções e buscas.
Renove então, sua mente, mude de mentalidade, com paciência e determinação.
Examine padrões de pensamentos e pontos de vista, e por fim, descarte argumentos meramente racionais ou meramente emocionais.
Exerça vigilância sobre sua mente, ouça sua consciência e siga a sua intuição.
No reino natural existe lei, no espiritual também, mas tem um princípio que vale para os dois, é que cada ação corresponde a uma reação.
Estratégia Nº 1: “A verdade liberta”!
Deijone do Vale
Neuropsicóloga