Inveja - (misto de ódio e desgosto) provocado pela prosperidade ou alegria de outrem - desejo de possuir um bem que o outro possui ou desfruta.
O invejoso sempre vai achar que o culpado pelo seu fracasso pessoal é o sucesso alheio.
A inveja é considerada um “mal secreto”.
São Tomaz de Aquino: “tristeza de alienis bonnis”, ou seja, ela tem em sua composição a tristeza em relação às coisas boas dos outros. É um sentimento que não mostra a cara, porém, destila veneno, fala com maldade, disfarça, escamoteia e é traiçoeira.
O invejoso chega à conclusão que lhe falta algo. Que há um “vazio” na sua vida, que lhe falta algo. Este algo é o que o outro tem.
A inveja é pecado capital - a inveja tem filhas:
- murmuração
- detração
- ódio
- exultação pela adversidade
- aflição pela prosperidade
O invejoso não só se entristece pela superioridade do outro, mais do que isso, quer seu mal sob todos os aspectos.
A inveja nasce como desejo, um desejo de ter o que as pessoas ao seu lado têm, é um sentimento a princípio natural.
Ele se transforma em inveja quando em vez de querer algo, você quer evitar que o outro consiga qualquer coisa.
De onde surge este monstrinho verde?
Da raiva e da frustração.
A inveja é sempre igual?
Existem três tipos de inveja:
1ª) A inveja auto-destrutiva
2ª) A inveja patológica
3ª) A inveja criativa
O que fazer com a inveja que eu sinto?
Transformar a inveja que você sente em algo positivo
Coloque o alvo de sua inveja em perspectiva
É preciso equilibrar (nem a pessoa está em um pedestal e nem você na sarjeta)
Em vez de odiar o outro pelo que ele tem, tente encará-lo como exemplo a ser seguido.
E quando as pessoas me invejam?
Observar se não a provoca
Manter-se relaxado ao receber alfinetadas
Se você está seguro que merece o que tem, nada vai te atingir
No caso de um invejoso causar algum dano real, uma conversa franca pode ser a solução
Cuidado para não inventar inimigos
Cuidado com a paranóia
A inveja é um sentimento intrigante, afinal é controverso: indica que algo positivo desperta algo negativo.
Como alguns expressam sua inveja:
- Em brincadeiras de mau-gosto, calados, pensam: como ele é exibido e gosta de contar vantagens
- Críticas na tentativa de depreciar a boa sorte do outro
- A inveja surge do sentimento de que somos incapazes de viver nossos próprios sonhos, de alcançar nossa metas e realizá-las.
“A incapacidade é a matriz da inveja.”
Em geral, costumamos não valorizar as coisas que já realizamos e assim, cultivamos a sensação de desvalia, sem darmos conta de nosso próprio valor.
Neste sentido, a inveja consome o invejoso, porque o faz dar valor apenas ao que não está ao seu alcance.
"Quem desdenha quer comprar"
As impressões registradas no psiquismo durante os primeiros meses de vida são de grande relevância - sentimento “eterno de impotência”: um sentimento profundo de inadequação e insuficiência.
A BASE DA INVEJA:
Supervalorizar os outros (que podem, segundo a fantasia do invejoso, fazer tudo/e esvaziar a si próprio (que é inferior porque não pode fazer nada).
Assim, nasce o desejo de esvaziar o outro para que tudo fique igual.
AS QUATRO FASES DA INVEJA:
1ª fase: O indivíduo olha um objeto, situação ou traço de alguém que imediatamente admira. Compara a importância daquele traço para ele, ou seja, vê, admira e deseja.
2ª fase: No momento seguinte, faz uma comparação entre o que o outro tem e o que ele não tem. Ele toma consciência da falta.
3ª fase: Aí se dá o terceiro momento da inveja, que é a percepção e a vergonha - de uma falta nele do aspecto ou objeto admirado e valorizado no outro. Surge aí, também a constatação de que aquilo que desejou, é impossível de ser obtido por ele.
4ª fase: A inveja é disparada pela percepção de uma falta no indivíduo. Esta insuficiência é a razão para que ataque e consequentemente espolie o objeto invejado para fazer desaparecer a diferença que foi percebida. É uma luta secreta, de vergonha e incapacidade, daí o ataque.
Ataca antes de ser atacado.
Ele compete sozinho.
Competição é um hábito do invejoso, pois ele tem dificuldade de receber ajuda, fazer junto e cooperar.
A inveja impossibilita sentimento de gratidão, isto ocorre porque o invejoso é incapaz de sentir que o outro lhe dá algo de bom grado e sim o faz por necessidade de humilhar o invejoso.
Segundo o dicionário de Psicologia Dorsh: “a inveja pertence aos sentimentos intencionais de insatisfação, o aborrecimento com a alegria do outro”.
Novo Dicionário Aurélio explica: “a inveja é o desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem. Um desejo violento de possuir o bem alheio”.
Aquilo que é invejado é encarado como algo de muito valor.
Se prestarmos atenção às qualidades do objeto, pessoas ou situação pela qual sentimos inveja, podemos compreender que nos sentimos incapazes de conquistar.
Neste sentido, a inveja é um espelho que revela uma parte de quem somos, onde estamos e para onde queremos ir.
Saber para onde queremos ir é condição básica para sair da imobilidade.
Por isso, se aprendermos a reconhecer os aspectos emocionais que sustentam a nossa inveja, podemos torná-la um método eficiente para diagnosticar nossas falhas.
Desta forma, poderemos transformar a inveja numa força inspiradora de conscientização, no lugar de um sentimento apenas desgastante.
No livro CUIDE DE SUA ALMA (Thomas Moore) Ed. Siciliano ele diz:
“Por um lado, a inveja é o desejo por alguma coisa, e por outro, é uma resistência ante o que o coração realmente quer. Mas, inveja, desejo, abnegação trabalham juntos para criar um senso característico de frustração e obsessão. Apesar de a inveja ter um ar masoquista - a pessoa invejosa acha que é vítima da má sorte - ela também envolve forte vontade na forma de resistência ao destino e ao caráter. Quando invejosa, a pessoa torna cega sua própria natureza”.
CIÚME
Ciúme - receio ou despeito de certos afetos alheios não serem exclusivamente para nós.
Por sua natureza e seus efeitos, o ciúme se aproxima da inveja. Porém, entre ciúme e inveja permanecem algumas diferenças.
Na inveja, sentimos que os outros possuem um bem que desejamos para nós, enquanto no ciúme, defendemos um bem que julgamos nosso, e que não desejamos ver partilhados com outra.
Dizem que o ciúme é o tempero do amor, até pode ser, você verá os resultados quando receber uma colher bem cheia em seu relacionamento.
Medidas a mais resultam em brigas, términos de namoros, casamentos e finalmente em violência, outras em morte.
Aproximadamente 20% dos homicídios cometidos são causados pelo ciúme, segundo pesquisas.
Existe um ciúme normal de proteção daquilo que gostamos.
Mas deixa de ser normal, ou seja asume o aspecto patológico quando passa a dominar o relacionamento - a pessoa coloca de lado tudo que lhe dá prazer, tudo que é bom no seu relacionamento, e passa a espreitar, buscando fatos e coisas que provem a infidelidade do outro.
Ex.: celular (monitorar as ligações do outro)
CIÚME DO BEM
Você está numa festa com a namorada e outra pessoa desvia a atenção de sua amada.
O que acontece?
Alerta!
Nesta situação todo mundo quer atenção e respeito, seja do namorado, amigo ou mãe.
O ciúme é um sentimento que envolve receio de perder o amor, a pessoa por quem se tem admiração.
CIÚME DO MAL
Imagine que seu amado resolveu dar um presente para você, um relógio novo que esconde para dá-lo no final de semana, quando vocês forem viajar. Mas você o descobre no armário e já começa imaginar mil coisas.
Você não acredita e começa a torturá-lo perguntando de quem ganhou aquele presente. Ele pode explicar mil vezes a mesma coisa. Foi a outra quem deu o presente, vai ter de confessar, custe o que custar.
O que acontece?
O ciumento tem a capacidade de fantasiar, imaginar e criar sua história, tirar as suas próprias conclusões.
Ele alimenta esta fantasia de um fato real, com pensamentos e imagens distorcidas que levam a novos pensamentos distorcidos,isto leva a um ciclo vicioso.
Sinais que indicam ciúme exagerado:
1º) Não aceitar que o parceiro faça um programa sem a sua companhia;
2º) Mexer nas coisas pessoais de seu parceiro (gaveta, armário, carteira, pasta, bolsa, celular);
3º) Sentir a necessidade de saber sempre aonde o outro está;
4º) Ligar para a casa dos amigos para saber se fulano está lá ou aparecer no local;
5º) Preparar armadilhas. Pedir a alguém para se insinuar para seu parceiro para ver a reação;
6º) Desconfiar de tudo e de todos.
Que atire a primeira pedra que nunca fez uma única ceninha de ciúme na vida. Todos temos sentimento de posse, quando gostamos de alguém, queremos essa pessoa somente para nós - o ciúme é até gostoso quando não afeta a relação, funciona como um jogo de sedução, o perigo mora na casa do exagero.
O ciúme doentio é um transtorno de ansiedade, fazendo com que uma das pessoas projete no outro todo o seu medo.
Que atire a primeira pedra que nunca fez uma única ceninha de ciúme na vida. Todos temos sentimento de posse, quando gostamos de alguém, queremos essa pessoa somente para nós - o ciúme é até gostoso quando não afeta a relação, funciona como um jogo de sedução, o perigo mora na casa do exagero.
O ciúme doentio é um transtorno de ansiedade, fazendo com que uma das pessoas projete no outro todo o seu medo.
Diferença entre ciumento e ciumenta
Para os homens - o ciúme está mais ligado ao sexo, vem do medo de perder a linhagem, eles tremem de pavor diante da possibilidade de sua mulher ter uma relação sexual com outro homem, de se verem comparados a outros homens e de terem seu desempenho sexual avaliado.
Para as mulheres - o ciúme está mais ligado à perda do afeto e de segurança. No tempo das cavernas, as mulheres dependiam dos homens, que eram os que caçavam para sobreviver e para alimentar a prole. Ser abandonada pelo marido significava morrer de fome com os seus filhos ou passar privações.
Quem é alvo de um ciúme exagerado sofre, porque passa a sentir sempre em dívida. Tem gente que começa a achar que há um olhar vigiando o tempo todo e sente necessidade de provar sua inocência.
Por isso, nessa hora, é melhor nem tentar se explicar. A pessoa com uma crise de ciúme é dominada pela emoção negativa de medo e ansiedade.
Não adianta apelar para o racional. O ideal é deixar o outro extravasar o ciúme e depois sentar para conversar.
Procure entender o que é o ciúme e o que está afetando a auto-estima do outro.
Ciúme é sinal de insegurança. Seja transparente e fale do que você sente pelo outro para deixá-lo tranqüilo na relação.
Deixe a emoção dar o seu recado e, mais tarde, com calma, converse sobre o assunto;
Pense se você não está criando peças para dar asas à imaginação do outro.
Não há porque não dizer onde você estava e com quem;
Quanto mais esconder, mais irá aguçar a curiosidade de seu parceiro
Se as mudanças de atitude e as conversas não ajudarem, talvez seja o caso de procurar ajuda com um especialista. A terapia pode ser útil nesses casos.
O que é importante entender é que o ciúme é muito mais um sintoma do que uma causa, pois geralmente, por trás de uma manifestação de ciúme há um apelo para o amor, que pode ser o amor e a atenção do outro, mas que na verdade, representa a busca pelo amor por si mesmo. Como não há consciência disso, continua acreditando que só existe através do outro.
DOR
Dor - sofrimento físico ou moral, mágoa, aflição, sensação desagradável causada por lesão ou por estado anômalo dos órgãos ou sentidos.
Qualquer dor, seja ela aguda ou crônica, tenha ela causa conhecida ou não, tem sempre um componente psicológico.
Este componente psicológico é extremamente variável de pessoa para pessoa, e é modificado e influenciado por fatores culturais, étnicos, sociais e ambientais.
DICAS
- Admitir que não está conseguindo ter controle sob suas emoções;
- Escrever sobre os próprios sentimentos - ajuda a compreender o que está sentindo;
- Buscar ajuda de um profissional;
- Auto-conhecimento;
- Reconhecer que a relação está doente, como reflexo de um ou dos dois;
- Reconhecer que os dois devem mudar;
- Conversar, conversar, conversar. O diálogo deve estar sempre presente;
- Verbalizar o que sente, sempre;
- Empatia, ou seja, desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro;
- Respeitar os sentimentos do outro, ainda que não os sinta;
- A verdade, sempre;
- Cada um fazer uma análise do seu histórico de vida, principalmente infância;
- Buscar possíveis origens das dificuldades atuais;
- Comprometer-se consigo mesmo com as mudanças;
- Demonstrar diariamente para o outro o quanto é importante;
- Cuidar de si como cuidaria de alguém que ama;
- Cuidar do outro como se cuida de alguém que ama;
- Cuidar da relação afetiva como quem cuida de um bebê, com atenção, afeto, carinho, enfim, com demonstrações diárias de amor
- Faça uma análise de seus próprios sentimentos em relação a si mesma, e as possíveis origens de sua insegurança, depois analise seu relacionamento, como ele está e como gostaria que fosse e converse tudo isso com seu parceiro, você e ele só têm a ganhar!
“O ciúme jamais está isento de uma ponta de inveja. Freqüentemente essas duas paixões estão confundidas.”