BULLYING – Essa “brincadeira” é
séria!
“Não nascemos vítimas, mas nos
tornamos”
Simone de Beavoir
Você sobreviveu a um bullying?
Traumatizado?
Sentiu medo? Indefeso?
É difícil pedir ajuda? Insegurança?
Ficou em silêncio? Vingar?
Deixar a escola? Vergonha?
Vontade de morrer? Deprimido?
É possível que todos estes questionamentos
tenham um “sim” como resposta.
O termo Bullying vem do inglês (bully –
valentão) e tem sido utilizado para descrever a prática de ações ou atos,
caracterizados por um comportamento violento, recorrente e
intimidador.
O propósito intencional de provocar dor em todas
as suas dimensões, seja dor física, psicológica e ou moral é o que norteia o
agressor no fenômeno bullying.
Este comportamento do agressor é repetitivo,
altamente negativo, promovendo uma relação desigual, onde um detém o poder, e o
outro é massacrado através da intimidação, do medo, da ridicularização, da
ofensa, da difamação e de ataques à integridade física da vítima.
Abusos psicológicos do bullying são manifestados
através de insultos, verbalizações contra a honra, contra a auto-imagem,
rebaixando e ridicularizando aspectos físicos, estéticos, sócio-econômico,
familiares, religiosos, de orientação sexual ou qualquer outra característica
que alimente o menosprezo do agressor ou grupos de agressores.
Agressores assim, podem também ter sofrido o
mesmo tipo de abuso e reproduzem estes comportamentos agressivos, destrutivos e
auto-destrutivos, numa tentativa frustrada de vingança e reparação.
A vítima de bullying poderá desenvolver
comportamento de extrema ansiedade e atitudes de auto-extermínio como o
suicídio, devido a intensa carga emocional, desproporcional à sua capacidade
psíquica.
Sinais de alerta devem ser observados como
dificuldades psicológicas, marcas físicas de agressão, isolamento, desatenção ou
apatia, pessimismo, inquietação, nervosismo, tristeza, queda do rendimento
escolar, e sintomas psicossomáticos, como dores de cabeça, diarréias,
inapetência, dores no estomago, insônia ou hipersônia entre outros.
Bullying acontece em qualquer ambiente ou
circustância onde exista interação humana, principalmente em relações diárias e
constantes como nas escolas, nas empresas e na vizinhança
(comunidades).
Essa condição de bullying, onde persiste o
ataque, devasta a auto-estima, a confiança nas relações e vínculos humanos,
desestruturando a vida psíquica da vítima e tornando-a refém de um contexto
específico.
A construção da personalidade (temperamento e
caráter), especificamente o caráter, com os valores morais, códigos de
conduta e de bons costumes de uma geração inteira, poderá se comprometer, se não
houver vozes que se levantem para construir medidas educativas eficazes, que
visem a dignidade da pessoa humana. É uma questão de saúde pública dos valores
éticos, e isto é uma emergência social.
Você que foi ou é vitimizado, precisa abrir a
sua boca e pedir socorro, não pode se ocultar no silêncio, este sofrimento
imposto tem que parar.
Para tanto, é necessário o apoio de toda uma
comunidade, para o enfrentamento, a denúncia, o esclarecimento, a busca pela
proteção para as vítimas, que também necessitam modificar o seu padrão
comportamental, através de apoio especializado, seja ele psicológico, médico ou
jurídico.
É emergente um basta a esse conjunto de
violências esculpidas, seja física ou psicológica e para que isto aconteça é
necessário coragem para denunciar, pois um estresse crônico devido ao bullying
compromete o sistema neuropsicológico de qualquer um a ele
submetido.
É provável o desencadeamento de ansiedade
social, por conta do bullying, desde sudorese, até distúrbios graves de
ansiedade como o transtorno do pânico.
A psicoterapia de suporte é fundamental, tanto
para a vítima, como para o agressor e deve ser implementada, no sentido de
assegurar apoio para o tratamento das disfunções e promover o treinamento de
atitudes assertivas e saudáveis.
Somos todos responsáveis por essa busca e
disseminação do respeito às individualidades, diferenças e singularidades de
cada um.
Somos elos de uma mesma corrente, somos
singulares em nossa humanidade, e onde um elo se rompe, ali provavelmente existe
dor e sofrimento e você poderá contribuir, educando, aconselhando, informando,
acolhendo, prevenindo, identificando, se envolvendo, se comprometendo em
realizar a sua parte.
Não podemos dizer, isto não é comigo, pois o
respeito, a solidariedade e a moral, estes devem ser cultivados como pérolas
dentro de nós.
Cada cidadão do mundo deve dar a sua
contribuição, auxiliando na transformação dos agressores e de suas
vítimas.
Você também é responsável!
Deijone do Vale
Neuropsicóloga
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