“Todo homem é, sob certos aspectos,
como todos os homens
como certos homens
como nenhum outro homem”
(Kuchhou e Murray, 1953)
como todos os homens
como certos homens
como nenhum outro homem”
(Kuchhou e Murray, 1953)
Ajudar a redesenhar novas possibilidades, desmistificar imagem e conceitos estereotipados do estigma sobre o câncer de mama, é tecer a experiência humana de viver.
Entender os fatores sociais, culturais, individuais e psicológicos do processo de adoecer, buscar a cura, a prevenção, a ressignificação da vida, é desafiador.
É emergente combater o imobilismo, a auto-limitação, eliminar idéias preconcebidas e de cunho discriminativo, arregaçar as mangas e prosseguir sempre, não desistindo nunca.
Câncer? Tem? Já teve?
Normalmente qualquer doença é vista como negativismo, algo externo, que nos ataca e desorganiza nossa vida, trazendo transtornos de toda ordem.
Partindo do pressuposto de que o medo da morte ciranda a questão do adoecer, é importante dizer que o câncer como doença, possui um forte estigma da morte.
Qual a sua responsabilidade pelo adoecimento?
Se sente uma vítima do destino?
Quando adoecemos, geralmente existe uma possibilidade de reflexão e reorganização no ritmo de nossas vidas.
Ocorrem mudanças em nós mesmos, em nossos relacionamentos, no nosso estilo de vida, e algumas questões emergem ameaçando nossa confiança e comprometendo a segurança.
O que eu fiz na minha vida até agora?
O que me realizou como pessoa?
O que me falta?
Câncer, por que eu?
E nessas especulações, acabamos percebendo que o nosso organismo não está separado de nossas experiências de vida.
Câncer de mama, o que é?
Câncer de mama, o que é?
Na verdade o nome câncer é um termo genérico que é utilizado para uma variedade de doenças caracterizadas por apresentarem alterações nas funções de gens, que são responsáveis pelo crescimento, regulação e amadurecimento, morte e renovação das nossas células no organismo.
Câncer de mama é a multiplicação anormal das células da mama, elas vão substituindo o tecido saudável e pode atingir outros órgãos.
Aparecem alterações, como nódulos nas mamas e axilas, mudanças no formato, tamanho e bico do seio, com ou sem irritação ou dor local.
A pele da mama pode ficar vermelha ou ter o aspecto de casca de laranja ou apresentar secreção no mamilo.
O câncer de mama é o segundo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, no entanto homens também podem ter câncer de mama.
Através da doença, nosso corpo está dizendo algo a nosso respeito e a respeito da nossa vida.
Os seres humanos gostam de receber boas notícias e receber um diagnóstico de câncer, geralmente nos abate, nos estressa e traz angústia emocional.
Quando ouvimos que o diagnóstico é câncer, basicamente já nos vemos deitadas no caixão... só pensamos em morte...sentença de morte!
O câncer de mama tem cura, o agravante é quando o tumor só é detectado em estágio tardio.
A prevenção é uma medida importante na detecção de nódulos, pode ser através da mamografia que ainda é a melhor técnica para o diagnóstico, permitindo visualizar nódulos não palpáveis e detectar a doença em seu estágio inicial, aumentando consideravelmente a probabilidade de cura.
O que causa o câncer de mama?
Ainda é desconhecida, mas o histórico familiar é um fator influente, assim como a menopausa tardia (após os 50 anos), a primeira gravidez após os trinta anos, a nuliparidade (não ter filhos), e outros fatores de risco como o consumo excessivo de álcool, cigarros, predisposição genética, estilos de vida, hábitos alimentares e condições ambientais.
Existem ações preventivas que também funcionam como fatores de proteção, praticar atividades físicas, amamentação, controle do peso corporal entre outras.
É preciso desmistificar o fato de que todos os pacientes com câncer sofrem muitíssimo e tem morte dolorosa, naturalmente tristeza e pesar são reações que observamos, seja no diagnóstico, durante e após o tratamento.
Dependendo do feitio pessoal vai da tristeza até um transtorno de adaptação do tipo depressivo ou até uma depressão maior.
Geralmente surgem sentimentos de insegurança, medo, inconformismo, gerando no paciente e nos familiares um desânimo frente esta realidade dura de se enfrentar.
O câncer de mama atinge a feminilidade da mulher, sua auto-imagem e a própria sexualidade.
Mamas é um símbolo extremamente narcísico, pois simboliza a identidade feminina, tanto da maternidade, sexualidade, segurança e refúgio e também como o primeiro objeto de amor entre mãe e filho.
Somos uma unidade mente-corpo e naturalmente as alterações fisiológicas acompanham os componentes emocionais e geralmente as reações dos pacientes frente ao diagnóstico, são também representações de seu mundo interno, o qual sofre influência de sua história de vida, do contexto familiar e social.
É relevante observarmos os estados emocionais do paciente porque de certa forma estes refletem bem ou mal as modificações funcionais, biológicas e orgânicas dos indivíduos.
Podemos até inferir que uma doença de certa forma expressa situações de crise, sendo a mesma uma expressão máxima de algo não resolvido do ponto de vista de crise existencial, é o como, o indivíduo responde organicamente uma situação traumática ou conflituosa, através do adoecer.
Geralmente o adoecer é um dedo apontando para os nossos sentimentos de imortalidade e onipotência.
Deve-se manter a rotina, os afazeres do cotidiano, pois o mundo em que vivemos é formado por alegrias, tristezas, vitórias, derrotas, saúde, doenças, vida e morte.
Geralmente surgem sentimentos de insegurança, medo, inconformismo, gerando no paciente e nos familiares um desânimo frente esta realidade dura de se enfrentar.
O câncer de mama atinge a feminilidade da mulher, sua auto-imagem e a própria sexualidade.
Mamas é um símbolo extremamente narcísico, pois simboliza a identidade feminina, tanto da maternidade, sexualidade, segurança e refúgio e também como o primeiro objeto de amor entre mãe e filho.
Somos uma unidade mente-corpo e naturalmente as alterações fisiológicas acompanham os componentes emocionais e geralmente as reações dos pacientes frente ao diagnóstico, são também representações de seu mundo interno, o qual sofre influência de sua história de vida, do contexto familiar e social.
É relevante observarmos os estados emocionais do paciente porque de certa forma estes refletem bem ou mal as modificações funcionais, biológicas e orgânicas dos indivíduos.
Podemos até inferir que uma doença de certa forma expressa situações de crise, sendo a mesma uma expressão máxima de algo não resolvido do ponto de vista de crise existencial, é o como, o indivíduo responde organicamente uma situação traumática ou conflituosa, através do adoecer.
Geralmente o adoecer é um dedo apontando para os nossos sentimentos de imortalidade e onipotência.
Deve-se manter a rotina, os afazeres do cotidiano, pois o mundo em que vivemos é formado por alegrias, tristezas, vitórias, derrotas, saúde, doenças, vida e morte.
Ainda temos que levar em conta as variáveis individuais da personalidade, crenças, cultura, e até o apoio disponível e condições sócio- econômicas.
Vivenciar a dolorosa experiência de um câncer, apesar de difícil, muitas vezes tem contribuindo para um importante desenvolvimento pessoal e interpessoal.
É exatamente em momentos difíceis do nosso mundo real, é que aprendemos e amadurecemos, e o câncer, assim como todas as outras doenças, faz parte do mundo real.
É importante levar avante o tratamento, seja cirúrgico, quimioterápico ou radioterápico ou a combinação desses tratamentos.
Um mulher mastectomizada, que teve um ou dois seios retirados, pode sentir-se inferiorizada e até mesmo inadequada em relação à sua aparência, em um mundo que valoriza e prioriza a exposição do corpo e a beleza, mais do que a saúde.
Diante de um quadro de ameaça à vida, questões de beleza e meramente estéticas passam para um segundo plano e o que ganha realce é a recuperação da saúde, superação da ansiedade em relação à morte e recidiva do câncer, levante uma bandeira pela vida.
Que avaliação você faz de si? Medrosa? Independente? Corajosa?
Desconfiada? Indefesa? Persistente e bem-humorada?
Olhe-se no espelho... se encare de frente... o que vê?
Identifique suas forças... escolha a assertividade, decida qual é o seu valor.
Pare de destruir padrões saudáveis, deixe o sedentarismo, deixe o alcoolismo, deixe o cigarro e tantos outros hábitos nocivos.
Não cultive a culpa, mas procure ter consciência de si mesmo e você será capaz de reagir, ou pelo menos tentar.
Escolha a atitude que você terá, ela fará toda a diferença, peça ajuda para compreender suas dúvidas e se reorganize a partir da própria doença.
Sorria! O riso é um bom ponto de equilíbrio interno, funciona até como defesa, um apoio inestimável para nossos apuros, assim como as lágrimas.
A ciência vem avançando na luta contra o câncer, no entanto ainda é uma doença de grande impacto e sofrimento, exigindo terapêutica imediata e condutas multidisciplinares e de alta complexidade.
É também enorme o impacto financeiro, e os conflitos emocionais decorrentes da singularidade de cada sujeito.
As condutas terapêuticas englobam suporte para reorganizar a vida com a sua factível impermanência ou im(possibilidade).
Como enfrentar tantas incertezas?
A indefinição em relação à cura, o fantasma da recidiva, o impacto do diagnóstico e o enfrentamento da doença, são fatores peculiares a cada pessoa diante da finitude, ou seja, nos coloca cara a cara com a morte, uma possibilidade constante em nossas vidas.
As fantasias do paciente no sentido de ter uma morte iminente, as motivações subjetivas, o grau de adaptação frente às limitações decorrentes do tratamento, são fatores que devem ser analisados na construção das estratégias de intervenção no mundo físico e psicológico de cada um.
Paro por aqui, por enquanto, e diante de tantas limitações, não é difícil profetizar a transitoriedade da vida e o caráter provisório de nossos corpos.
Deijone do Vale
Neuropsicóloga
Neuropsicóloga