A COISA MAIS SIMPÁTICA!
A única coisa que sei é que és tão simpático...
És a coisa mais simpática que já conheci...
Gostaria que déssemos uma oportunidade...
Ver se podemos nos falar...
Gostaria de ser a tua pequena preferida...
Gostaria que pensasses que eu sou a razão da tua existência...
Gostaria de ser o teu sorriso preferido...
Gostaria que a maneira como me visto fosse o teu estilo predileto...
Gostaria que me conseguisses compreender...
Mas não queres saber como eu sou...
Gostaria que segurasse minha mão, mas você foge...
Gostaria que nunca esquecesses a minha expressão na primeira vez que nos vimos...
Gostaria que eu tivesse um ponto de beleza que amasses secretamente...
Porque estaria num lugar escondido onde mais ninguém pudesse ver...
No fundo, gostaria que me amasses...
Gostaria que precisasses de mim...
Gostaria que sem mim, o teu coração partisse...
Gostaria que sem mim, passasses todas as noites acordado...
Gostaria de ser a última coisa no teu pensamento antes de adormeceres...
A única coisa que sei é que és a coisa mais simpática que eu já conheci...
Autor Desconhecido.
Os gregos quando se referiam ao tempo, utilizavam dois termos: Chronos e Kairós.
E de acordo com a mitologia helênica, o titã Chronos devorava os seus filhos.
Muitíssimo interessante, observarmos a cronologia, esta sequência de instantes considerados homogêneos que vão se sucedendo ininterruptamente, como o tic-tac do meu relógio de parede, que ouço enquanto escrevo.
Mas grego é grego! e eles também se referiam ao Kairós (tempo kairótico), não mais pensando como um tempo homogêneo, veja só, a ênfase seria dada, na ruptura, na diferença, na des-continuidade.
Complicou um pouco?
É como vivenciar acontecimentos, que de certa forma cortam a sucessão temporal.
Como vivenciar, assim, um tempo kairótico?
É vivenciar acontecimentos que marcam uma significativa diferença entre o que vem antes e o que vem depois, ou seja, os que habitam o tempo kairós não podem determinar, ou antecipar o tempo certo para então agir ou tomar posicionamento.
É como se eles aguardassem um futuro desconhecido e se preparam para responder.
Aliás, a resposta é de vida e morte, portanto, vital, já que o tempo kairótico, o presente, não está predeterminado e plenamente formado, o que ocorre é que o presente é uma oportunidade e desafio: é um tempo aberto para o novo.
Vale dizer que assim também, se comportam algumas pessoas, mas a maioria vive um tempo mítico, não se abre para o novo.
Afinal, estamos perseguindo o rumo certo?
Chega um momento em que o “eu” deve se abdicar de fantasias regidas pelo princípio do prazer e se dar conta do tempo certo, do tempo kairótico, portanto, de uma consciência, dentro de uma dimensão única de interioridade e temporalidade do nosso ser no mundo.
Não temos um tempo indefinido para atualizar todas as nossas diferenças e incertezas frente à vida.
Vemos todos os dias, suicídios, depressões e outras mazelas acontecerem, tudo porque algo impediu ou impossibilitou o desenvolvimento do “si mesmo”.
A forma como lidamos com desafios e dificuldades revelam uma boa parcela das qualidades de nosso “si mesmo”, nos remete ao inconsciente como fonte de potencialidade e criatividade, e não apenas como depósito de conteúdos reprimidos através de mecanismos de defesa do ego.
Do nosso inconsciente surgem os impulsos e ações, através da expressão do nosso corpo, e de conformidade com o espaço e tempo, tal como um esqueleto que dá estrutura ao organismo.
A maneira como cada pessoa atualiza suas potencialidades depende muito das suas experiências e vivências pessoais, educacionais e socioculturais.
Sendo assim, um violino não faz música, a matéria do cérebro não faz psiquê, mas um não existe sem o outro, e toda produção humana é o resultado de um fator que transcende a própria consciência.
Enfim, o organismo reage como uma totalidade indivisível, traduzindo aos sistemas do corpo, e se manifestando através do simbólico, do consciente ou do inconsciente em suas mais variadas formas de expressão.
A experiência nos ensina que um ego forte, centrado na realidade, poderá incorporar habilidades inovadoras e vencer obstáculos aparentemente intransponíveis.
De qualquer maneira o diálogo interno é sempre bem-vindo.
Tornar-se si mesmo!
Deijone do Vale
Neuropsicóloga